As pteridófitas são o primeiro grupo a
possuir vasos condutores, ou seja, a pertencer ao grupo de plantas vasculares.
O surgimento desse sistema condutor de água e outras substâncias solucionou o
problema de transporte célula a célula presente nas briófitas, isso permite que
o grupo das pteridófitas tenham plantas de pequeno e de grande porte.
A maioria das pteridófitas são as samambaias, indivíduos
abundantes desde registros fósseis do Carbonífero. É o maior e mais
diversificado grupo depois das angiospermas. Algumas samambaias possuem folhas
inteiras, outras recortadas, além do tamanho da folha poder variar numa escala
de metros.
As samambaias arbóreas do gênero Cyathea podem
atingir até 24 metros e ter folhas com mais de 5 metros de comprimento. Apesar
das samambaias serem as mais abundantes no grupo, as pteridófitas podem ser
representadas também pelas avencas, xaxins e cavalinhas. As plantas desse grupo
têm grande valor ornamental para a espécie humana, a maioria é terrestre mas já
foram encontradas raras espécies aquáticas.
Estrutura corpórea das pteridófitas
O corpo das pteridófitas possui três órgãos bem definidos:
raiz, caule e folhas. Normalmente, o caule é subterrâneo nesses indivíduos, se
desenvolvendo de forma horizontal no solo, ele é chamado de rizoma. Entretanto,
podemos encontrar também caules aéreos como nos xaxins. As folhas das
samambaias são muito diversas, podem ser lisas ou recortadas em elementos menores
chamados de folíolos.
Estrutura
do corpo de uma samambaia.
Reprodução das pteridófitas
Assim como as briófitas, as pteridófitas também possuem uma
alternância de gerações, um ciclo com uma fase sexuada e uma fase assexuada.
Usaremos como exemplo para o ciclo reprodutivo a samambaia Polypodium
vulgar, muito cultivada em nossas casas.
Ao contrário das briófitas, a geração
duradoura nas pteridófitas é
aesporofítica, a fase assexuada e produtora de esporos da planta. Você
já observou pontinhos escuros na parte abaxial (inferior) da folha de uma
samambaia? Esses pontinhos são chamados soros, e são nessas estruturas que os
esporos são produzidos.
Depois que os esporos ficam maduros, os soros se abrem para
liberá-los, se caírem em solo propício (úmido e com disponibilidade de
nutrientes) cada esporo irá germinar e formar um protalo (uma estrutura em
forma de coração). O protalo e a parte sexuada das samambaias, é onde ocorre a
produção de gametas, ou seja, ele é o gametófito das pteridófitas.
Após a fecundação do anterozoide com a oosfera (na presença
de água), o zigoto é formado e se desenvolve até formar o embrião. Esse embrião
é que dará origem a um novo esporófito, ou seja, formará uma nova samambaia,
dando início a um novo ciclo de vida.
Ciclo de vida das Pteridófitas
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