Quitridiomicetos
Vivem em água doce e salgada, são cosmopolitas, sua
nutrição é parasita e saprofágica. Suas células são dotadas de flagelo que
auxiliam sua locomoção
Reprodução dos
quitridiomicetos
Os quitridiomicetos fazem
parte do grupo de fungos que não produzem corpos de frutificação. Além disso,
seus esporos – denominados zoósporos – são flagelados, o que facilita sua
locomoção na água, e a sua fase diploide não é efêmera.
Na produção de gametas,
os núcleos dos gametângios (estruturas produtoras de gametas) geram, a partir
da mitose, gametas haploides flagelados. No encontro de dois gametas de sexos
opostos, ocorre a fecundação, que origina um zigoto diploide.
Esse zigoto se desenvolve
e forma um fungo diploide, esporófito. O esporófito produz tanto esporos
haploides quanto diplóides, que, ao germinarem, dão origem respectivamente a um
gametófito n (haploide) e um esporófito 2n (diploide). Assim, o ciclo se
reinicia, com a alternância entre as fases sexuada e assexuada.
Zigomicetos
São saprófagos,
alimentando-se de matéria orgânica em decomposição. As formas menos comuns são
as parasitas. Crescem em substratos com altos teores de umidade. Podem se
associar as raízes de plantas.
Reprodução dos zigomicetos
Na reprodução dos
zigomicetos, pode haver alternância de gerações diploide e haploide.
A reprodução pode ser
assexuada, pela produção de esporos que germinam ao encontrarem um substrato
propício, gerando hifas haploides.
Duas hifas haploides de
sexos opostos podem se encontrar, realizando reprodução sexuada. Ocorre a
cariogamia, ou seja, fusão dos núcleos das hifas, originando um zigoto. A
seguir, o núcleo diploide do zigoto sofre meiose, dando origem a quatro esporos
haploides, que podem originar novos fungos haploides.
Ascomicetos
Formas unicelulares
(leveduras) e pluricelulares( mofos e bolores). Decompõe matéria orgânica
resistente como a celulose e a lignina. Modo de vida parasita é comum. Poder
ser mutualísticos( Liquens)
Reprodução dos ascomicetos
A reprodução assexuada
ocorre por brotamento, nos unicelulares, e por esporos, nos pluricelulares.
O corpo de frutificação
dos ascomicetos é o ascocarpo, que apresenta hifas haploides (as gametófitas) e
dicariótica, resultantes da reprodução sexuada (as esporófitas). As últimas
produzem, na região central do ascocarpo, vários ascos, com oito ascósporos
cada um. Esses ascósporos se formam pela fusão de dois núcleos haploides no
asco, que formam um núcleo diploide. Esse núcleo sofre meiose e em seguida mitose,
originando os oito ascósporos haploides.
A germinação desses
ascósporos dá origem a hifas, que formam micélios, os quais, ao se encontrarem,
caso forem de sexos opostos, podem se fundir, dando origem a um novo fungo.
Basidiomicetos
Alguns usados na alimentação. Micélio bem
desenvolvido. Também são cosmopolitas. Maioria é saprofágica. Alguns são parasitas
e alguns são mutualísticos.
Reprodução
dos basidiomicetos
Nos basidiomicetos, a
reprodução assexuada ocorre pela fragmentação do micélio e produção de esporos.
Já a reprodução sexuada
apresenta alternância de gerações haploides, os gametófitos, e diploides, os
esporófitos.
O esporófito desenvolve
os corpos de frutificação ou basidiocarpos, a parte do fungo popularmente
conhecida como cogumelo. Na superfície das lâminas ou lamelas se formam os
basídios, microscópicos, apresentando cada um quatro basidiósporos haploides,
obtidos por meiose. Os basidiósporos são liberados e, ao encontrarem um solo
propício ao seu desenvolvimento, germinam, formando uma rede de hifas
haploides.
Ao se encontrarem, duas hifas haploides de
micélios diferentes realizam reprodução sexuada, a plasmogamia, gerando hifas
dicarióticas diploides, com dois núcleos haploides pareados por célula. Os
corpos de frutificação do novo micélio também serão dicarióticos, porém no
interior dos basídios ocorrerá a fusão dos núcleos, ou seja, a fecundação
propriamente dita. Em seguida, são formados quatro basidiósporos haploides por
meiose em cada basídio, reiniciando o ciclo reprodutor do basidiomiceto.
Distribuição
dos basidiomicetos:
Os basidiomicetos são cosmopolitas
(existem em diversas regiões do planeta) e vivem principalmente em ambiente
terrestre.
Função
Os fungos apresentam importante função na natureza, entre elas a de
decomposição de matéria orgânica, necessária para a vida no planeta pela
reciclagem dos nutrientes. Assim, mantém-se em equilíbrio as teias e cadeias
alimentares. Além disso, há a grande importância economia dos fungos, na
produção de alimentos e bebidas, como a cerveja através da fermentação de
leveduras, por exemplo. Também há o uso de fungos na indústria farmacêutica, na
produção de medicamentos para o tratamento de determinadas doenças. Tomando os
basidiomicetos como exemplo, temos aqueles que decompõe matéria orgânica,
alguns também são usados na alimentação, outros são usados para produzir
alucinógenos.
Relação com outros seres vivos
Os fungos em geral podem estabelecer
diversas relações com os demais seres vivos. Alguns estabelecem uma relação
mutualística com outros seres vivos, como as micorrizas, associação entre as
raízes de plantas e determinados tipos de fungos; os liquens, que é a junção de
alguns fungos com cianobactérias. Muitos fungos também podem parasitar diversos
outros seres vivos, causando doenças aos mesmos.
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